Projeto:

Como o português brasileiro codifica o movimento: variação e tipologia

Materiais pedagógico:

Coordenação: Heronides Moura (Coordenador) - UFSC LATTES ORCID CV
Tipo: Os dados são coletados no Tweeter, o que permite estabelecer um retrato bastante realista da produtividade do fenômeno estudado, como característica do português informal.
Idioma: Português / Inglês / Espanhol / Italiano / Outras Línguas
Período: 06/06/2019
Financiamento:

Resumo:

O objetivo deste projeto é  descrever e analisar um caso de discrepância entre a língua culta e a língua coloquial e popular do Brasil. Trata-se da existência, em português brasileiro coloquial, de construções denominadas na literatura com diferentes rótulos: phrasal verbs (verbos sintagmáticos), verb-particle construction (construção verbo-partícula) e satellite-framed construction (construção com frame no satélite). 

Estas construções são típicas das línguas germânicas, mas são bastante produtivas no português brasileiro, como pretendo mostrar. Entre as construções que vou descrever e examinar estão: andar por cima, andar por baixo, ir embora, arrancar fora, sair fora, cair dentro, dar pra trás, pular dentro, pular fora, cuspir fora, etc.

Não se trata de influência da língua inglesa, mas de uma construção que apresenta características semânticas e pragmáticas específicas, ligadas em parte à língua oral.

Este projeto visa também coletar um conjunto de dados a serem disponibilizados neste Portal.

A hipótese é que o português brasileiro, no registro informal, já apresenta quatro das cinco características das línguas com frame no satélite. Línguas com frame no satélite são aquelas que apresentam phrasal verbs, nos quais o verbo indica o modo do movimento e a preposição (chamada de satélite) indica a trajetória do movimento (como em jump in, run out, float down) (TALMY, 1985; 2000; 2007).


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