Project:

(Português) Design de recursos educacionais baseados em interfaces tangíveis com foco na alfabetização de crianças com Transtorno do Espectro Autista

Materiais pedagógico(EN):

Coordination: Berenice Santos Gonçalves (Orientador) - UFSC LATTES ORCID
Team: Jéssica Rodrigues Esteves (Pesquisador) - UFSC LATTES

Idiom: Portuguese

Abstract:

(Português) Os materiais didáticos devem instigar a exploração do conhecimento, do comportamento crítico com ênfase no “aprender a pensar” e no “aprender a aprender”, de modo que o trabalho com o estudante não limite-se ao processo de leitura e escrita, mas sim a toda uma linguagem hipermídia (BRUNNET; PORTUGAL, 2016). Neste cenário, os recursos educacionais digitais (REDs) tornam-se ferramentas relevantes para o contexto educacional. De acordo com o MEC (2018), os REDs referem-se aos conteúdos de vídeos, animações, multimídias, entre outros, disponibilizados na Internet destinados à educação. Já os recursos educacionais abertos (REAs) são um termo adotado pela Unesco (2019) para designar conteúdos digitais de ensino, aprendizagem e pesquisa que estão em domínio público ou publicados sob licença livre. Os REAs também são uma política pública ressaltados no Plano Nacional de Educação (BRASIL, 2014). De acordo com o documento, o conceito de REA foi incluído nas estratégias da meta 7, que visa fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhorias no fluxo escolar e na aprendizagem. Na educação básica, a alfabetização é um dos períodos mais significativos do processo educacional. Scliar-Cabral (2018, p.258) relata que “a aquisição do sistema oral se dá de forma natural e espontânea nas crianças que não apresentem nenhum impedimento sensorial ou cognitivo para processar a fala”. Já o sistema escrito é construído quando a criança já atingiu alguma maturidade cognitiva, linguística e emocional, logo, é produzido no contexto do ensino-aprendizagem de forma sistemática e intensiva (SCLIAR-CABRAL, 2018). Pesquisas evidenciaram (WESTERVELD et al., 2016; ESTES et al., 2011) que uma alta porcentagem de alunos com TEA em idade escolar possuem dificuldades de leitura e compreensão, o que pode ocasionar desvantagens em relação ao seu desempenho acadêmico. O TEA é caracterizado pela presença de déficits sociocomunicativos e de padrões comportamentais repetitivos restritos (APA, 2014), o que poderá afetar tanto as habilidades verbais quanto as não verbais.

Neste cenário, compreende-se que o design de recursos educacionais baseados em interfaces tangíveis pode contribuir para a alfabetização de crianças com TEA, tendo em vista que elas possuem um grande interesse por interações mediadas por dispositivos tecnológicos e estímulos visuais (GOLDSMITH; LEBLANC, 2004; CROWELL et al., 2020; SAYIS; PARES; GUNES, 2020). Dessa forma, o uso de interfaces tangíveis podem ser elementos potencializadores do processo de -aprendizagem. Com base no exposto, o presente estudo tem como objetivo responder às seguintes questões: (I) de que modo o design de recursos educacionais baseados em interfaces tangíveis pode contribuir para a alfabetização de crianças com TEA? e (II) como projetar recursos educacionais na perspectiva da interação tangível, tendo em vista o processo de alfabetização de crianças com TEA?


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