Projeto:
Línguas indígenas e africanas: políticas linguísticas coloniais e pós-coloniais
Publicações :
Os jesuítas e as línguas: contexto Colonial Brasil-África
SEVERO, Cristine Gorski. Os jesuítas e as línguas: contexto Colonial Brasil-África. Campinas: Pontes Editores, 2019.
O livro de Cristine Gorski Severo aborda um tema de história sob um ponto de vista realmente interdisciplinar, tratando da conquista e da “redução” do novo mundo ibérico no tempo longo da colonização política, racial e religiosa que marca esse processo. Articulando análise linguística, sensibilidade política e teológica, e forte consciência histórica, seu trabalho reflete sobre as relações triangulares entre a língua, a política e a religiosidade, pensando cada uma dessas dimensões não como estanques, mas como entrelaçadas e interdependentes. É preciso dizer que ela faz isso com ambição digna de nota, e tem grande sucesso na empreitada. Trata-se de um livro importante, que merece leitura cuidadosa.
Henrique Espada Lima
Departamento de História – UFSC
Idioma: | Português |
Data: | 2019 |
Direitos autorais: | Creative Commons |
Arquivos:
Links relacionados:
Coordenação: |
Cristine Gorski Severo |
Equipe: |
Sinfree Makoni Ashraf Abdelhay Ezra Nhampoca Ezequiel Pedro José Bernardo Alexandre Cohn da Silveira Charlott Eloize Leviski Ana Cláudia Eltermann |
Tipo: | Projeto de pesquisa e diálogos em Políticas Linguísticas - Brasil e África |
Idioma: | Português |
Período: | 2017- |
Resumo:
Este projeto aborda o percurso histórico de construção de sentidos sobre as línguas indígenas e africanas nos contextos brasileiro e africano. Para tanto, o projeto articula sócio-história das línguas indígenas e africanas com políticas linguísticas. O projeto busca compreender o processo de construção de um imaginário de língua (portuguesa, africana, indígena, afro-brasileira) desde as políticas linguísticas coloniais – centradas no dispositivo lusitano – até as políticas e planejamento linguísticos atuais. Trata-se de analisar o mecanismo político e sócio-histórico dos discursos sobre as línguas no contexto da colonização lusitana, com foco no Brasil, em Angola, em Moçambique, em Cabo Verde e no Timor Leste. Ademais, julga-se relevante aprofundar os sentidos de oralidade – em relação com os conceitos de memória, tradição, corpo e literatura oral – com fins de compreender a maneira como a oralidade integra o imaginário e as práticas linguísticas, especialmente no Brasil, ajudando a definir o que conta como português popular brasileiro.
O referencial teórico utilizado se baseia nos trabalhos de políticas linguísticas e sociolinguística crítica que têm se dedicado ao estudo da relação (política e socio-histórica) entre as experiências coloniais-nacionalistas e as línguas. Trata-se de uma política linguística crítica levada a cabo por pesquisadores preocupados com os contextos coloniais da América Latina e África (Ashraf, Makoni e Severo, 2020; Severo e Makoni, 2015; Zwartjes, 2011; Altman, 2011; Deumert, 2010; Irvine, 2008; Mariani, 2006; Zwartjes e Altman, 2005; Makoni e Meinhof, 2004; Freire e Rosa, 2003; Errington, 2001; Fardon e Furniss, 1993, Phillipson, 1992). Ressalta-se que a perspectiva histórica é central nessas pesquisas, pois ela possibilita uma revisão crítica das categorias coloniais e de seus usos contemporâneos.
Como citar este material:
Indigenous and African Languages: On colonial and post-colonial language policies (Políticas Linguísticas Críticas)
Direitos autorais:
Creative Commons
Eventos e palestras :
RODAS DE CONVERSA NA QUARENTENA – BRASIL E ÁFRICA (2020)
Data: 11 de maio a 30 de novembro de 2020
Idioma: Português / Outras Línguas
Mais detalhes
Eventos e palestras :
II ENCONTRO DE POLÍTICAS LINGUÍSTICAS E JUSTIÇA SOCIAL
Data: 03-06 de novembro de 2020
Idioma: Português