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Línguas indígenas e africanas: políticas linguísticas coloniais e pós-coloniais

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Special Issue – Travessias Interativas: Políticas, Planejamentos e Direitos Linguísticos (2020)

Travessias Interativas: Políticas, Planejamentos e Direitos Linguísticos

Número especial sobre Políticas, Planejamentos e Direitos Linguísticos: Revista Travessias, n. 22 (2020).

APRESENTAÇÃO

É com alegria que apresentamos este número especial voltado para Políticas, Planejamentos e Direitos Linguísticos. Trata-se de uma proposta que é fruto do empenho de colegas e pesquisadores fortemente envolvidos na produção e divulgação do campo das políticas linguísticas no cenário brasileiro. Enfocamos, aqui, nosso grupo de pesquisa Políticas Linguísticas e Direitos Linguisticos (PoLiTicas) – coordenado pelos professores Cristine Gorski Severo (UFSC) e Ricardo Nascimento Abreu (UFS) –, em parceria com a professora Silvana Aguiar dos Santos, também integrante do grupo e coordenadora do Programa de Extensão TILSJUR (Tradutores e intérpretes de língua de sinais na esfera jurídica, UFSC). A proposta desta edição especial também dialoga com reflexões oriundas do II Encontro de Políticas Linguísticas e Justiça Social, evento realizado virtualmente entre 03 e 06 de novembro de 2020, organizado pelo grupo PoLiTicas.

 

SUMÁRIO

1 Políticas Linguísticas: visão panorâmica

A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E O INTÉRPRETE GUARANI – Beatriz de Oliveira (UFSC/Mestrado), Cristine Gorski Severo (UFSC)

A Educação Escolar Indígena e as Políticas Linguísticas para o Plurilinguismo de grupos minoritários: o caso Te’ykue – Patricia Graciela da Rocha (Ufms), Rainer Enrique Hamel (Universidade Autônoma Metropolitana/México)

LETRAMENTO POLÍTICO: POR UMA EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA DEMOCRÁTICA – Alexandre Cohn da Silveira (UNILAB)

A FORMAÇÃO DO LEITOR LITERÁRIO NA PRISÃO E O PAPEL DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA – Karina Zendron da Cunha, Valéria Contrucci de Oliveira Mailer, Valéria Contrucci de Oliveira Mailer

PERSPECTIVAS SOBRE DIVERSIDADE LINGUÍSTICA, PLURILINGUISMO E POLÍTICAS LINGUÍSTICAS E SUA RELAÇÃO COM A PRODUÇÃO DE SABERES NA ESFERA ACADÊMICO-CIENTÍFICA – Cláudia Fernanda Pavan

SOBRE O PAPEL DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM DOCUMENTOS NORMATIVOS REFERENTES À FORMAÇÃO DE PROFESSORES E À EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA VISÃO POLÍTICO-EDUCACIONAL – José Marcos Ernesto Santana de França

CRENÇAS SOBRE O EXAME CELPE-BRAS DE AGENTES ENVOLVIDOS COM O PROGRAMA DE ESTUDANTES-CONVÊNIO DE GRADUAÇÃO (PEC-G) – Cynthia Dionísio

A LÍNGUA INGLESA NO BRASIL COMO O MERCADO QUER: NECESSÁRIA, MAS INALCANÇÁVEL – Renan Castro Ferreira,  Isabella Mozzillo

A PROMOÇÃO DAS LÍNGUAS, A IDEOLOGIA DA PADRONIZAÇÃO E SEUS EFEITOS SOBRE O TALIAN – Renata Santos (UFSC/Doutorado), Ana Cláudia Fabre Eltermann (UFSC/Doutorando)

“MUITOS COMÉRCIOS […] PEDEM QUE A ATENDENTE SAIBA FALAR ALEMÃO”: O CONTEXTO DE EDUCAÇÃO BILÍNGUE EM POMERODE/SC – Luana Ewald

POLÍTICAS LINGUÍSTICAS DA LÍNGUA POMERANA EM SANTA MARIA DE JETIBÁ, ESPÍRITO SANTO – Leticia Mazzelli, Mônica Maria Guimarães Savedra (UFF)

(IM)PERTINÊNCIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E LINGUÍSTICAS EM ANGOLA: SOBRE A PROLIFERAÇÃO DO HIV-SIDA NO CONTEXTO RURAL – Ezequiel Pedro José Bernardo (Instituto Superior de Ciências da Educação, Cabinda/Angola)

DIÁLOGOS SOBRE LINGUAGEM/LÍNGUA/CULTURA ENTRE HOOKS, MENCHÚ E FANON – Doris Cristina Vicente da Silva Matos

 

2 Direitos Linguísticos: abordagens teóricas e estudos de caso

OS DIREITOS LINGUÍSTICOS E A SUA PERMEABILIDADE NA COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS – Ricardo Nascimento Abreu (UFS), Lia Nara (UFS/Mestrado)

A NOÇÃO DE DEVERES LINGUÍSTICOS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A CONFIGURAÇÃO DO DIREITO LINGUÍSTICO NO BRASIL – Jael Sânera Sigales Gonçalves

DIREITOS LINGUÍSTICOS DOS POVOS INDÍGENAS E O NOVO CONSTITUCIONALISMO LATINO-AMERICANO – Julia Izabelle da Silva (UFG)

UNESCO E A EDUCAÇÃO MULTILÍNGUE: REVISÕES E PROBLEMATIZAÇÕES –  Cristine Gorski Severo (UFSC)

O DISPOSITIVO DO REFÚGIO E AS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS – Cristian Edevaldo Goulart (UFSC/Doutorado)

 

3 Políticas Linguísticas das Línguas de Sinais

 POLÍTICAS DE TRADUÇÃO E DE INTERPRETAÇÃO: DIÁLOGOS EMERGENTES – Silvana Aguiar dos Santos (UFSC) e Nanci Cecília de Oliveira Veras (UFSC)

POLÍTICAS DE LÍNGUAS DE SINAIS: ANÁLISE TRANSNACIONAL DE UMA INCLUSÃO LINGUÍSTICA – Pedro Henrique Witchs (UFES)

POLÍTICAS PÚBLICAS DE ACESSO À ARTE EM LIBRAS – POLÍTICAS LINGUÍSTICAS E POLÍTICAS DE TRADUÇÃO – Neiva Aquino Albres (UFSC)

PERFIL SOCIOLINGUÍSTICO DOS SURDOS CONSUMIDORES DA CULTURAL AUDIOVISUAL BRASILEIRA: QUESTÕES PARA PLANEJAMENTO DE POLÍTICAS LINGUÍSTICAS E DE TRADUÇÃO – Marcos Vinicius Batista Nascimento (UFSCar)

 

Idioma: Português
Data: jul-dez/2020
Direitos autorais: Creative Commons
Palavras-chave: direitos linguísticos; políticas linguísticas; justiça social
Coordenação: Cristine Gorski Severo (Coordenadora) - UFSC LATTES ORCID CV
Equipe: Sinfree Makoni (Colaborador) - Penn State LATTES
Ashraf Abdelhay (Colaborador) - Doha Institute for Graduate Studies (Qatar) LATTES
Ezra Nhampoca (Pesquisadora) - Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique LATTES
Ezequiel Pedro José Bernardo (Pesquisador) - Instituto Superior de Ciências da Educação – Cabinda/Angola. LATTES
Alexandre Cohn da Silveira (Pesquisador) - UNILAB-Campus do Malês LATTES
Charlott Eloize Leviski (Pesquisadora) - Universidade Estadual de Ponta Grossa LATTES
Ana Cláudia Eltermann (Pesquisadora (doutoranda)) - Universidade Federal de Santa Catarina LATTES
Tipo: Projeto de pesquisa e diálogos em Políticas Linguísticas - Brasil e África
Idioma: Português
Período: 2017-

Resumo:

Este projeto aborda o percurso histórico de construção de sentidos sobre as línguas indígenas e africanas nos contextos brasileiro e africano. Para tanto, o projeto articula sócio-história das línguas indígenas e africanas  com políticas linguísticas. O projeto busca compreender o processo de construção de um imaginário de língua (portuguesa, africana, indígena, afro-brasileira) desde as políticas linguísticas coloniais – centradas no dispositivo lusitano – até as políticas e planejamento linguísticos atuais. Trata-se de analisar o mecanismo político e sócio-histórico dos discursos sobre as línguas no contexto da colonização lusitana, com foco no Brasil, em Angola, em Moçambique, em Cabo Verde e no Timor Leste. Ademais, julga-se relevante aprofundar os sentidos de oralidade – em relação com os conceitos de memória, tradição, corpo e literatura oral – com fins de compreender a maneira como a oralidade integra o imaginário e as práticas linguísticas, especialmente no Brasil, ajudando a definir o que conta como português popular brasileiro.

O referencial teórico utilizado se baseia nos trabalhos de políticas linguísticas e sociolinguística crítica que têm se dedicado ao estudo da relação (política e socio-histórica) entre as experiências coloniais-nacionalistas e as línguas. Trata-se de uma política linguística crítica levada a cabo por pesquisadores preocupados com os contextos coloniais da América Latina e África (Ashraf, Makoni e Severo, 2020; Severo e Makoni, 2015; Zwartjes, 2011; Altman, 2011; Deumert, 2010; Irvine, 2008; Mariani, 2006; Zwartjes e Altman, 2005; Makoni e Meinhof, 2004; Freire e Rosa, 2003; Errington, 2001; Fardon e Furniss, 1993, Phillipson, 1992). Ressalta-se que a perspectiva histórica é central nessas pesquisas, pois ela possibilita uma revisão crítica das categorias coloniais e de seus usos contemporâneos.


Como citar este material:

Indigenous and African Languages: On colonial and post-colonial language policies (Políticas Linguísticas Críticas)

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