Projeto:

Línguas indígenas e africanas: políticas linguísticas coloniais e pós-coloniais

Eventos e palestras :

Southern Multilingualisms: Toward Decolonizing the Sociolinguistics of Africa

Palestra ministrada pelo prof. Sinfree Makoni, na Abralin Live.

Tema: Southern Multilingualisms: Toward decolonizing the sociolinguistics of Africa.
Contemporary sociolinguistic scholarship takes it as axiomatic that the world is multilingual. The conceptual shift toward multilingualism has not been predicated on any prior philosophical analysis of the ‘natures’ of language ( Hauck & Heurich 2018) or any systematic enquiry into the questions of which type of, and whose, multilingualisms with which we are dealing. There are two emerging trends in sociolinguistics, but neither addresses the epistemologies and indigenous ontologies of language that are necessary in an analysis of multilingualisms. The first trend avoids the use of the notion of language or languages through frameworks such as ‘languaging’, discourse and community or performance and discourse: the second may seek to expand our horizons of linguistic communication through terms such as multimodality, semiotic systems, and gestures but may, at the same time, maintain a commitment to languages as identifiable enumerable entities as illustrated in the variants of research on multimodality based on systemic functional grammar. Neither approach addresses the underlying question of the epistemologies and ontologies of language. In this presentation I seek to address the underlying notion of southern multilingualisms by drawing on assemblages of southern epistemologies and indigenous ontologies based on metaphors complemented with indigenous cosmologies, ubuntu-nepantla, and the notion of ‘entangled electrical wires’ (Bou Ayash 2019) from sprawling urban slums. In this presentation I will illustrate the use of the term ‘lay person’ can be utilized to facilitate a decolonization of applied linguistics because modern disciplines, such as linguistics and anthropology, are viscerally tied to colonialism. By taking into account indigenous cosmovisions I can start to move away from either from both monolingual and multilingual orientations toward language.

Colaborador: Sinfree Makoni LATTES
Idioma: Inglês
Data: 30 de junho de 2020
Direitos autorais: Creative Commons
Palavras-chave: Southern multilingualisms; language policy
Coordenação: Cristine Gorski Severo (Coordenadora) - UFSC LATTES ORCID CV
Equipe: Sinfree Makoni (Colaborador) - Penn State LATTES
Ashraf Abdelhay (Colaborador) - Doha Institute for Graduate Studies (Qatar) LATTES
Ezra Nhampoca (Pesquisadora) - Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique LATTES
Ezequiel Pedro José Bernardo (Pesquisador) - Instituto Superior de Ciências da Educação – Cabinda/Angola. LATTES
Alexandre Cohn da Silveira (Pesquisador) - UNILAB-Campus do Malês LATTES
Charlott Eloize Leviski (Pesquisadora) - Universidade Estadual de Ponta Grossa LATTES
Ana Cláudia Eltermann (Pesquisadora (doutoranda)) - Universidade Federal de Santa Catarina LATTES
Tipo: Projeto de pesquisa e diálogos em Políticas Linguísticas - Brasil e África
Idioma: Inglês
Período: 2017-

Resumo:

Este projeto aborda o percurso histórico de construção de sentidos sobre as línguas indígenas e africanas nos contextos brasileiro e africano. Para tanto, o projeto articula sócio-história das línguas indígenas e africanas  com políticas linguísticas. O projeto busca compreender o processo de construção de um imaginário de língua (portuguesa, africana, indígena, afro-brasileira) desde as políticas linguísticas coloniais – centradas no dispositivo lusitano – até as políticas e planejamento linguísticos atuais. Trata-se de analisar o mecanismo político e sócio-histórico dos discursos sobre as línguas no contexto da colonização lusitana, com foco no Brasil, em Angola, em Moçambique, em Cabo Verde e no Timor Leste. Ademais, julga-se relevante aprofundar os sentidos de oralidade – em relação com os conceitos de memória, tradição, corpo e literatura oral – com fins de compreender a maneira como a oralidade integra o imaginário e as práticas linguísticas, especialmente no Brasil, ajudando a definir o que conta como português popular brasileiro.

O referencial teórico utilizado se baseia nos trabalhos de políticas linguísticas e sociolinguística crítica que têm se dedicado ao estudo da relação (política e socio-histórica) entre as experiências coloniais-nacionalistas e as línguas. Trata-se de uma política linguística crítica levada a cabo por pesquisadores preocupados com os contextos coloniais da América Latina e África (Ashraf, Makoni e Severo, 2020; Severo e Makoni, 2015; Zwartjes, 2011; Altman, 2011; Deumert, 2010; Irvine, 2008; Mariani, 2006; Zwartjes e Altman, 2005; Makoni e Meinhof, 2004; Freire e Rosa, 2003; Errington, 2001; Fardon e Furniss, 1993, Phillipson, 1992). Ressalta-se que a perspectiva histórica é central nessas pesquisas, pois ela possibilita uma revisão crítica das categorias coloniais e de seus usos contemporâneos.


Como citar este material:

Indigenous and African Languages: On colonial and post-colonial language policies (Políticas Linguísticas Críticas)

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